domingo, 21 de julho de 2013

Comportamento

Comportamento

Os vários tipos de inteligência: musical, intrapessoal, espacial , corporal, matemática, emocional. Qual é a sua?

O que Pelé e Einstein têm em comum? Ambos são gênios, mas cada um na sua área de especialidade.


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Amente brilhante, que nos coloca no topo da cadeia alimentar e da curva da evolução, tem inspirado vários estudos ao longo dos anos. O que é a inteligência, como medi-la e aumentá-la é um assunto que não sai de moda. Não é à toa que todo mês deparamos com manchetes ligadas ao desenvolvimento mental. Mas, afinal, o que é inteligência e como ela se aplica nos dias de hoje?
Essa faculdade é tão complexa que, não por acaso, ainda não se chegou a um significado universalmente aceito sobre ela. Um conceito usado atualmente é o do psicólogo norte-americano Howard Gardner, que classifica a inteligência como a habilidade de resolver problemas ou criar produtos de valor nos ambientes culturais nos quais se está inserido. "Pessoas "mais inteligentes" tendem a resolver problemas em menos tempo e com menos esforço mental, sendo mais eficientes", afirma Káritas de Toledo Ribas, sócia-diretora da empresa Appana Mind - Desenvolvimento Humano e Psicofisiologia Aplicada e especialista em medicina comportamental. Segundo ela, eficiência significa "a capacidade de gerar trabalho a um custo energético reduzido".
Com base nesse conceito de inteligência, podese dizer que ela não é apenas uma questão de QI, mas um conjunto de habilidades. Então, dizer que Pelé, o rei do futebol, é tão inteligente quanto foi o físico Albert Einstein não é errado. A explicação disso veio nos anos 1990, quando Gardner apresentou sua teoria sobre inteligências múltiplas, com sete tipos diferentes de intelecto: linguístico, lógico-matemático, espacial, intrapessoal, corporal-sinestésico, interpessoal e musical (veja quadro à pág. 47). Segundo ele, essa classificação pode ser de grande ajuda para potencializar o aprendizado.
Diversos fatores influenciam o desenvolvimento mental da criança. "Inteligência é o somatório de herança biológica e meio ambiente, que é tudo o que gira ao nosso redor, inclusive alimentação, estímulo e cultura", afirma Káritas. Partindo disso, o escritor Malcolm Gladwell, em seu livro Outliers - Fora de Série, expõe por que algumas pessoas têm sucesso e outras não. Segundo ele, além da inteligência, fatores como contexto histórico, oportunidades e esforço determinam o sucesso.
Inteligência variável
Estudos indicam que algumas variáveis como nível socioeconômico, idade, sexo e grau de escolaridade podem influenciar nos testes de inteligência. Os alunos de classe média alta, por exemplo, tendem a ter melhores resultados que os de classe média baixa no teste de Goodenough, no qual as crianças desenham um homem, e em sua revisão, em que elas desenham um homem e uma mulher.
Para ilustrar seu argumento, Gladwell cita uma experiência do psicólogo norte-americano Lewis Terman, da Universidade Stanford. Em 1920, Terman começou a monitorar cerca de 1.500 estudantes ditos "superdotados", com o QI superior a 140. Sua hipótese era que essas crianças seriam a próxima geração da elite norte-americana. Gladwell aponta que essa ideia representa o modo como entendemos o sucesso, uma vez que há escolas e programas especiais para superdotados, além da preferência de algumas empresas por eles.
O sucesso é uma soma de inteligência, esforço, contexto histórico e oportunidade, segundo o escritor norte-americano Malcolm Gladwell

Mas, ao contrário do que Terman esperava, o QI elevado não foi a matéria-prima do sucesso. No final do estudo, os 730 homens que apresentaram resultados conclusivos foram divididos em três grupos. Os 150 integrantes do grupo A (pouco mais de 20% do total) obtiveram sucesso: formaram-se advogados, médicos e acadêmicos, a maioria com pós-graduação. Os pertencentes ao grupo B - 430 homens, quase 60% do total - conseguiram resultados "satisfatórios": obtiveram o diploma de graduação e estavam em boa condição de vida. Já o grupo C, com 150 integrantes, obteve resultados inferiores a sua capacidade intelectual. Muitos deles exerciam funções secundárias, como vendedores de sapatos, ou estavam desempregados; apenas oito homens cursaram pós-graduação; um terço deles havia abandonado a faculdade e um quarto só possuía diploma do nível médio.
"A verdade nua e crua do estudo de Terman é que (...) quase nenhuma das crianças geniais da classe social e econômica mais baixa conseguiu se destacar", escreve Gladwell. Ele argumenta que o fracasso nesse caso não pode ser atribuído a características do DNA ou circuitos cerebrais. "O que elas não tiveram foi algo que poderiam ter recebido, se soubessem que era daquilo que necessitavam: uma comunidade ao redor que as preparasse para o mundo."
A experiência de Terman prova que, tratandose de inteligência, há muito a considerar. Vários teóricos se opõem aos testes de QI (veja quadro ao lado) - inclusive Gardner. "Para ele, rotular a inteligência como um escore depois da realização de testes lógicos e matemáticos é negar de forma veemente a gigantesca capacidade do ser humano em resolver problemas através de outras qualidades", explica Marcello Árias Dias Danucalov, psicofisiologista com experiência em técnicas de integração cérebro, mente e corpo e sócio-diretor da Appana Mind. Os testes, segundo Gardner, medem apenas uma parte da inteligência, a referente à lógico-matemática.
A teoria de Gardner sobre inteligências múltiplas diz que todos nascem com tendências genéticas e elas, quando potencializadas pelo ambiente, podem resultar em diferentes habilidades. "A pessoa nasce com todas as inteligências e desenvolve apenas uma ou duas até a excelência. Provavelmente, elas são dependentes não apenas de um gene, mas de inúmeros genes, que se relacionam de forma complexa", diz Danucalov. A pergunta, então, é: como descobrir quais são nossas inteligências mais afloradas? Káritas afirma que há testes psicológicos para determiná-las, "mas a melhor forma é fazer com que a pessoa esteja inserida em ambientes desafiadores que estimulem todas as formas de manifestação cognitiva". Ela também lembra que é importante proporcionar vivências ao indivíduo para que ele perceba naturalmente em quais atividades se sobressai.
Qual é o seu QE?
A imprensa começou a prestar atenção na questão da inteligência emocional com a publicação da obra Inteligência Emocional, de Daniel Goleman. Hoje, seus conceitos são aplicados em muitas profissões, sobretudo na área de recursos humanos. A inteligência emocional também corresponde à interpessoal e intrapessoal propostas por Howard Gardner.

Segundo Danucalov, desenvolvemos as inteligências ao longo da vida, mas existem as chamadas "janelas de oportunidade", períodos nos quais o aprendizado é facilitado. "Podemos aprender uma nova língua a qualquer momento da vida, mas, se quisermos aprendê-la sem sotaque, precisamos ser expostos a ela precocemente, até os 10 anos de idade", exemplifica. Ele também sublinha que trabalhar com as múltiplas inteligências pode ser mais complexo que o imaginado. Por exemplo, uma criança ter aula de violão uma vez por semana não implica o desenvolvimento da inteligência musical. "Há mais chance de desenvolver essa inteligência se o ensino dos acordes e das sequências harmônicas estiver atrelado à necessidade de solucionar um problema, transmitir uma informação", explica.
Em sua obra, Gardner deixou as portas abertas para novos tipos de inteligência. Tanto que outros pesquisadores começaram a lançar hipóteses de diferentes intelectos, como o naturalista, referente ao conhecimento da natureza. Segundo Gardner, para uma nova classificação de inteligência ser aceita pela academia, ela deve preencher alguns quesitos, como base biogenética e neurológica, e possibilidade de essa capacidade facilitar a adaptação ao meio. No entanto, Danucalov enfatiza que não existem indivíduos que consigam utilizar o potencial de todas as inteligências. "Os seres humanos devem ter tendências genéticas a desenvolver uma ou duas das citadas inteligências; as demais estarão presentes, porém não atingirão grandes escores quando medidas."
O escritor canadense Don Tapscott, autor de A Hora da Geração Digital, não propõe um tipo de inteligência, mas sublinha que a tecnologia tem causado impacto no comportamento e no cérebro. No livro, ele aponta algumas alterações nas habilidades mentais de uma pessoa em razão da tecnologia, como o caso de C. Shawn Green, aluno de medicina da Universidade de Rochester (Estados Unidos), que obteve nota máxima em um teste de reflexos visuais no qual as outras pessoas conseguiam em média 60% de sucesso. A justificativa para o olhar aguçado foram as horas jogando Counter- Strike, um game de ação para computador no qual o jogador deve encontrar terroristas e matá-los. Em artigo publicado na revista científica Nature, Green e a neurocientista Daphne Bavelier, da Universidade de Rochester, escrevem que esse tipo de jogo é capaz de aumentar a percepção e o processamento de informações visuais.
"O cérebro é especialmente adaptável a influências externas nos primeiros três anos de vida, na adolescência e nos primeiros anos da vida adulta, que é exatamente quando a maioria dos jovens da geração internet está mergulhada na tecnologia digital interativa de 20 a 30 horas por semana", escreve Tapscott. Baseado nesse pressuposto, o autor argumenta que muitos integrantes dessa geração possuem algumas habilidades a mais, como capacidade espacial, rapidez em pesquisas na web e troca de atenção em tarefas.
Tecnologias, como computador e internet, usadas corretamente, podem ser excelentes ferramentas para potencializar algumas habilidades
Tapscott lembra que muitos estudos desfizeram o mito de que o cérebro para de se desenvolver após uma certa idade. Segundo ele, certas pesquisas comprovam que o cérebro muda ao longo da vida. Por exemplo, alguns taxistas de Londres, que precisam decorar todas as ruas de sua cidade, têm o hipocampo (região do cérebro associada à memória) maior que o de motoristas de outras categorias. Logo, o cérebro dos jovens que se expõem muitas horas por dia à tecnologia interativa pode ser remodelado ao longo de sua vida, potencializando certas habilidades.
De acordo com Tapscott, ao contrário do que muitos pesquisadores alegam, os jovens de hoje podem ser potenciais gênios. O escritor canadense frisa que as novas tecnologias de informação estão remodelando a maneira como as pessoas absorvem conhecimento e o passam adiante. Com isso, talvez daqui a alguns anos se possa diagnosticar novos tipos de inteligência, capazes de enfrentar os desafios com que a humanidade já se defronta.

História do QI
Em 1900, o psicólogo francês Alfred Binet criou um teste capaz de predizer se uma criança obteria sucesso nas séries primárias das escolas parisienses. O exame, que avaliava a idade mental do jovem, foi considerado o primeiro teste de inteligência. Em 1914, três anos após a morte de Binet, o alemão William Stern propôs a fórmula de divisão da idade mental da criança pela cronológica. O resultado seria o quociente de inteligência, o QI que conhecemos. Mais tarde, essa fórmula foi revisada por Lewis Terman, da Universidade Stanford, que multiplicou o resultado por 100, dando origem ao teste de inteligência Stanford-Binet, um dos mais usados por 50 anos.

Tipos de inteligência
Howard Gardner identificou sete tipos de inteligência e elaborou requisitos para identificar outros tipos de talentos.
Linguística - Relacionada a leitura, escrita e fala. Pessoas que têm seu ponto forte na linguagem, como poetas e escritores, possuem facilidade em lidar com a expressão escrita e oral. Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade são exemplos dessa inteligência.
Musical - Associada àqueles que têm facilidade em compreender o som, captar sua expressão e transmitir sentimento através dele, como Mozart, Jimi Hendrix e Gilberto Gil.
Lógico-mat emática - É a inteligência que remete ao universo lógico, repleto de números e fórmulas. A maioria dos testes de QI acaba medindo esse tipo de intelecto, exemplificado nos físicos Albert Einstein e Niels Bohr.
Espacial - Está relacionada a pessoas que têm facilidade em trabalhar com coordenadas espaciais e em pensar em imagens, como o arquiteto Oscar Niemeyer ou o pintor Pablo Picasso.
Corporal-cinestésica - A facilidade em se locomover pelo espaço, conhecer bem o potencial físico do seu corpo e ter boa coordenação motora é típica de grandes nomes do esporte, como Pelé e Michael Jordan.
Interpessoal - Está ligada à habilidade de lidar com outras pessoas e a trabalhar em grupo. Frequentemente é vinculada a professores e políticos, como Barack Obama.
Intrapessoal - É a inteligência relacionada ao autoconhecimento e ao equilíbrio interior, inclusive quando a pessoa se encontra em situações difíceis. O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela é um de seus melhores exemplos.
Naturalista - Essa inteligência, proposta após a divulgação das ideias de Gardner, está associada àqueles que têm grande facilidade em transitar pela natureza, como os índios.
Texto: maira@planetanaweb.com.br

O que é ?

Os vários tipos de inteligência: musical, intrapessoal, espacial , corporal, matemática, emocional. Qual é a sua?

O que Pelé e Einstein têm em comum? Ambos são gênios, mas cada um na sua área de especialidade.

     
          A melhor definição para o termo ainda é a variedade de manifestações pelas quais se torna possível identificar o potencial de uma pessoa nas mais diversas áreas, como a corporal, a musical, a espacial, a interpessoal, a intrapessoal, a naturalista e a existencialista. Homens do período renascentista desenvolviam suas múltiplas inteligências quase que naturalmente, como fez Leonardo da Vinci, conhecido como um consagrado pintor, mas capacitado em ciências, anatomia, hidráulica, cosmologia, astronomia, geologia, paleontologia, mecânica, geografia, gastronomia e até música, entre outras coisas. Dentro do contexto histórico, talvez a busca por soluções impulsionasse o desenvolvimento da multiplicidade da inteligência.

         Atualmente, essa necessidade não existe. Como praticamente há respostas para tudo, vivemos um período de especialização, que requer apenas o domínio de uma área, restringindo o conhecimento a um único assunto, mas em sua total amplitude. Se, na idade adulta, o homem limita seu conhecimento, na infância, a múltipla inteligência poderia ser trabalhada facilmente no cotidiano.
         Dessa forma, o potencial vocacional dos pequenos também seria despertado com naturalidade. Dentro da escola tradicional, o educador não deveria proporcionar soluções para a criançada. Ele deveria apenas instigar a busca e a descoberta individual.
         Para exemplificar essa situação, Rubem Alves conta que, aos seis anos, ficava observando a pitangueira que havia no quintal do vizinho: “Essa época, a arvore começava a dar frutos e eu ficava imaginando como iria pegar as pitangas. De repente, uma das minhas inteligências sugeriu que eu pulasse o muro. A outra já dizia que isso não era certo. Uma terceira dizia que eu deveria simplesmente pedir a frutas para o meu vizinho. Uma quarta, enquanto dizia que ele ia negar, me inspirava à construção de uma maquineta de pegar pitangas...todos nós temos múltiplas inteligências: a lógica, a poética, a religiosa, a criminosa, a engenharial, entre outras, que se desenvolvem diante das necessidades de superação e por estímulos externos”.



As Inteligências Múltiplas


Aulas Professora Mestra Patrícia Nogueira

Aulas Pós  Psico



Educar para Crescer - Gardner

PEDAGOGIA

Howard Gardner

A idéia de que existem várias aptidões além do raciocínio lógico-matemático, apresentada pelo psicólogo, causou grande impacto nos meios pedagógicos

01/07/2011 01:08
Texto Márcio Ferrari
Nova-Escola
Foto: MARCELO ALMEIDA
Foto: Howard Gardner concluiu que há sete tipos de inteligência
Howard Gardner concluiu que há sete tipos de inteligência


Frases de Howard Gardner:

“A educação precisa justificar-se realçando o entendimento humano”

“Todos os indivíduos têm potencial para ser criativos, mas só serão se quiserem”

Howard Gardner nasceu em Scranton, no estado norteamericano da Pensilvânia, em 1943, numa família de judeus alemães refugiados do nazismo. Ingressou na Universidade Harvard em 1961 para estudar história e direito, mas acabou se aproximando do psicanalista Erik Erikson (1902-1994) e redirecionou a carreira acadêmica para os campos combinados de psicologia e educação. Na pós-graduação, pesquisou o desenvolvimento dos sistemas simbólicos pela inteligência humana sob orientação do célebre educador Jerome Bruner. Nessa época, Gardner integrou-se ao Harvard Project Zero, destinado inicialmente às pesquisas sobre educação artística. Em 1971, tornou-se co-diretor do projeto, cargo que mantém até hoje. Foi lá que desenvolveu as pesquisas sobre as inteligências múltiplas. Elas vieram a público em seu sétimo livro, Frames of Mind, de 1983, que o projetou da noite para o dia nos Estados Unidos. O assunto foi aprofundado em outro campeão de vendas, Inteligências Múltiplas: Teoria na Prática, publicado em 1993. Nos escritos sobre educação que se seguiram, enfatizou a importância de trabalhar a formação ética simultaneamente ao desenvolvimento das inteligências. Hoje leciona neurologia na escola de medicina da Universidade de Boston e é professor de cognição e pedagogia e de psicologia em Harvard. Nos últimos anos, vem pesquisando e escrevendo sobre criadores e líderes exemplares, tema de livros como Mentes Extraordinárias. Em 2005, foi eleito um dos 100 intelectuais mais influentes do mundo pelas revistas Foreign Policy e Prospect.

Formado no campo da psicologia e da neurologia, o cientista norte-americano Howard Gardner causou forte impacto na área educacional com sua teoria das inteligências múltiplas, divulgada no início da década de 1980. Seu interesse pelos processos de aprendizado já estava presente nos primeiros estudos de pós-graduação, quando pesquisou as descobertas do suíço Jean Piaget (1896-1980). Por outro lado, a dedicação à música e às artes, que começou na infância, o levou a supor que as noções consagradas a respeito das aptidões intelectuais humanas eram parciais e insuficientes.

Até ali, o padrão mais aceito para a avaliação de inteligência eram os testes de QI, criados nos primeiros anos do século 20 pelo psicólogo francês Alfred Binet (1857-1911) a pedido do ministro da Educação de seu país. O QI (quociente de inteligência) media, basicamente, a capacidade de dominar o raciocínio que hoje se conhece como lógico- matemático, mas durante muito tempo foi tomado como padrão para aferir se as crianças correspondiam ao desempenho escolar esperado para a idade delas. “Como o aprendizado dos símbolos e raciocínios matemáticos envolve maior dificuldade do que o de palavras, Binet acreditou que seria um bom parâmetro para destacar alunos mais e menos inteligentes”, diz Celso Antunes, coordenador-geral de ensino do Centro Universitário Sant’ Anna, em São Paulo. “Mais tarde, Piaget também destacou essa dificuldade e, dessa forma, cresceu exponencialmente a valorização da inteligência lógico-matemática.”

Trabalho dos gênios

Sob a influência do norte-americano Robert Sternberg, que estudou as variações dos conceitos de inteligência em diferentes culturas, Gardner foi levado a conceituá-la como o potencial para resolver problemas e para criar aquilo que é valorizado em determinado contexto social e histórico. Na elaboração de sua teoria, ele partiu da observação do trabalho dos gênios. “Ficou claro que a manifestação da genialidade humana é bem mais específica que generalista, uma vez que bem poucos gênios o são em todas as áreas”, afirma Antunes. Gardner foi buscar evidências também no estudo de pessoas com lesões e disfunções cerebrais, que o ajudou a formular hipóteses sobre a relação entre as habilidades individuais e determinadas regiões do órgão. Finalmente, o psicólogo se valeu do mapeamento encefálico mediante técnicas surgidas nas décadas recentes. Suas conclusões, como a maioria das que se referem ao funcionamento do cérebro, são eminentemente empíricas. Ele concluiu, a princípio, que há sete tipos de inteligência:

1. Lógico-matemática é a capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.

2. Lingüística é a habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.

3. Espacial é a disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.

4. Físico-cinestésica é o potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.

5. Interpessoal é a capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade.

6. Intrapessoal é a inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.

7. Musical é a aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.

Mais tarde, Gardner acrescentou à lista as inteligências natural (reconhecer e classificar espécies da natureza) e existencial (refletir sobre questões fundamentais da vida humana) e sugeriu o agrupamento da interpessoal e da intrapessoal numa só.

A primeira implicação da teoria das múltiplas inteligências é que existem talentos diferenciados para atividades específicas. O físico Albert Einstein tinha excepcional aptidão lógico-matemática, mas provavelmente não dispunha do mesmo pendor para outros tipos de habilidade. O mesmo pode ser dito da veia musical de Wolfgang Amadeus Mozart ou da inteligência físico-cinestésica de Pelé. Por outro lado, embora essas capacidades sejam independentes, raramente funcionam de forma isolada.

O que leva as pessoas a desenvolver capacidades inatas são a educação que recebem e as oportunidades que encontram. Para Gardner, cada indivíduo nasce com um vasto potencial de talentos ainda não moldado pela cultura, o que só começa a ocorrer por volta dos 5 anos. Segundo ele, a educação costuma errar ao não levar em conta os vários potenciais de cada um. Além disso, é comum que essas aptidões sejam sufocadas pelo hábito nivelador de grande parte das escolas. Preservá-las já seria um grande serviço ao aluno. “O escritor imita a criança que brinca: cria um mundo de fantasia que leva a sério, embora o separe da realidade”, diz Gardner.

Enfoques variados, habilidades diversas

Muitas escolas, inclusive no Brasil, se esforçaram para mudar seus procedimentos em função das descobertas de Howard Gardner. A maneira mais difundida de aplicar a teoria das inteligências múltiplas é tentar estimular todas as habilidades potenciais dos alunos quando se está ensinando um mesmo conteúdo. As melhores estratégias partem da resolução de problemas. Segundo Gardner, não é possível compensar totalmente a desvantagem genética com um ambiente estimulador da habilidade correspondente, mas condições adequadas de aprendizado sempre suscitam alguma resposta positiva do aluno – desde que elas despertem o prazer do aprendizado. O psicólogo norte-americano atribui à escola duas funções essenciais: modelar papéis sociais e transmitir valores. “A missão da educação deve continuar a ser uma confrontação com a verdade, a beleza e a bondade, sem negar as facetas problemáticas dessas categorias ou as discordâncias entre diferentes culturas”, escreveu. Pela própria natureza de suas descobertas, o trabalho de Gardner favorece uma visão integral de cada indivíduo e a valorização da multiplicidade e da diversidade na sala de aula.

Para pensar

Uma das conseqüências nefastas da valorização exclusiva da inteligência lógico-matemática é a tendência de definir o desempenho dos alunos mais pelo que eles não são (dada a impossibilidade de que todos se destaquem numa única área de conhecimento) do que pelo que são. Ainda prevalece o hábito de valorizar as habilidades relacionadas às artes e aos esportes apenas nas chamadas atividades extracurriculares. Você acha que, na prática diária, isso pode começar a ser mudado? De que forma?

sábado, 13 de julho de 2013

Pós Psicopedagogia Desenvolvimento Cognitivo Mestra Patrícia

As Inteligencias Múltiplas


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Instruções



  1. 1
    Incorpore atividades com palavras. A inteligência linguística envolve o uso de língua, tanto escrita como falada. Exemplos de atividades com palavras incluem ler, escrever, falar e ouvir.
  2. 2
    Adicione atividades com números. A inteligência matemática envolve o uso de sistemas lógicos. Exemplos de atividades com números incluem calcular, codificar e resolver problemas.
  3. 3
    Incorpore atividades musicais. Inteligência rítmica envolve o uso de padrões musicais. Exemplos de atividades como essa são cantar, fazer rap e rimar.
  4. 4
    Adicione atividades de movimento. A inteligência cinestésica envolve o uso do movimento do corpo. Exemplos de atividades cinestésicas são visitas técnicas, educação física e experimentos em que os alunos coloquem a mão na massa.
  5. 5
    Incorpore atividades espaciais. Inteligência espacial envolve a habilidade de conceitualizar o espaço. Exemplos de atividades espaciais incluem a ilustração, gráficos e tirar fotos.
  6. 6
    Adicione atividades com a natureza. A inteligência naturalista envolve a habilidade de observar a natureza. Exemplos dessas atividades incluem dissecar, caminhadas e jardinagem.
  7. 7
    Incorpore atividades pessoais. A inteligência intrapessoal envolve a compreensão de si próprio. Exemplos de atividades pessoais incluem a leitura, estudo independente e escrever em diários.
  8. 8
    Adicione atividades sociais. A inteligência interpessoal envolve o entendimento de outros. Exemplos de atividades sociais incluem debates e projetos em grupo.
  9. 9
    Incorpore atividades existenciais. A inteligência existencial envolve um nível mais alto de pensamento crítico usada para examinar temas abrangentes, como vida e morte. Exemplos de atividades existenciais são apresentadas tipicamente dentro do contexto de escrita de artigo, discussões em grupo e apresentações.

    Inteligencias Múltiplas nas Aulas de Educação Físca
    *Autora. Bacharel em Educação Física.
    **Orientador. Coordenador do curso de Educação Física
    UNAERP – Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá
    (Brasil)
    Ana Carolina Oliveira*anacarol.oliveira_ef@yahoo.com.brProf. Dr. José Medalha**josemedalha@hotmail.com




    Resumo

              Este trabalho teve por objetivo, discutir os conceitos da teoria das Inteligências Múltiplas, comentando sobre as suas sugestões e contribuições para a Educação, e como um trabalho baseado nessa teoria, poderia ser desenvolvido nas aulas de Educação Física escolar. Foi abordado neste trabalho, às diferentes visões que o termo Inteligência teve ao longo dos tempos, desde os precursores desse estudo, os filósofos gregos da antiguidade, passando pelos psicometristas, que desenvolveram testes padronizados para avaliar a inteligência dos indivíduos, até os atuais peritos do tema, como o psicólogo, Howard Gardner. Esse autor que idealizou a teoria das Inteligências Múltiplas, defende a idéia de que, toda a inteligência de uma pessoa não pode ser avaliada apenas por meio de um simples teste, onde apenas as capacidades ditas acadêmicas, são avaliadas (lingüística e lógico-matemática). Gardner acredita que a inteligência humana abrande uma multiplicidade de capacidades, que os testes dos psicometristas não avaliavam. A teoria das Inteligências Múltiplas, relacionada na área da Educação, em particular, na Educação Física escolar, pode trazer contribuições significativas, no sentido de evoluir as metodologias aplicadas nas aulas, focando o ensino no aluno, respeitando as particularidades de cada um.

              Unitermos: Inteligência. Inteligências Múltiplas. Educação Física escolar.


    1.     Introdução
        A sociedade atualmente se encontra em constante mudança, que acaba refletindo em muitas áreas, inclusive na educação. Na tentativa de atender melhor os educandos, muitas abordagens e teorias diferenciadas vem sendo publicadas. Nesta questão, merece destaque a teoria das Inteligências Múltiplas proposta por Howard Gardner. Essa teoria acredita que os indivíduos são dotados de diferentes capacidades, que o autor as chamou de Inteligências. Gardner propôs em sua teoria um trabalho muito diferente daqueles que são desenvolvidos rotineiramente nas escolas.
        Dentro da disciplina de Educação Física, persistiu durante muito tempo uma visão que tinha como enfoque, apenas ensinar aos alunos, os gestos específicos das modalidades esportivas. Impedindo assim, que os mesmos descubram movimentos, limitando o seu desenvolvimento e poder de criação e autonomia.
        Esse artigo foi baseado no trabalho da conclusão de curso defendido no primeiro semestre de 2010.
     Em a foto a autora com os membros da banca examinadora: Prof. Ms. Renato Barroso, Profª Es. Maristela Cortese, Ana Carolina Oliveira (autora) e Prof. Dr. José Medalha

        Neste trabalho foi descrita a evolução dos estudos relacionados à inteligência, dando ênfase ao estudo proposto por Gardner e de alguns de seus seguidores, além de propor, com base nos fundamentos da teoria das Inteligências Múltiplas, maneiras de estimular as diferentes inteligências nos discentes utilizando as aulas de Educação Física escolar para tal.
    2.     Inteligência
        Etimologicamente a palavra INTELIGÊNCIA vem do latim e significa fazer escolhas – inter (entre) eligere (escolha) (ANTUNES, 2003). Segundo PRODÓCIMO (2007) esse é um conceito muito amplo, que remete a alguns questionamentos, dentre os quais: que tipo de escolhas? O “fazer escolhas” refere-se à resolução de problemas, a análise das possibilidades para, identificar e determinar a melhor opção a ser seguida num determinado momento. Então, é possível associar que, a inteligência está relacionada com a solução de problemas.
        O conceito de inteligência atualmente, não possui uma definição concreta. De acordo com GARDNER e col. (1998) ”o que é considerado inteligência depende da pessoa à qual perguntamos dos métodos que os respondentes usam para explorar o tópico, do nível de análise de sua investigação e dos seus valores e crenças” (p.18). Por exemplo: (com relação a quem perguntamos) os atuais peritos em inteligência americanos associam que a inteligência está mais relacionada com a capacidade de resolução de problemas de características acadêmica. Ao ponto que, os leigos associam a inteligência com a resolução de problemas práticos.
        O estudo da inteligência é complexo, pois, para alcançar uma definição concreta e plausível sobre esse assunto, é necessário levar em consideração diversas questões multidisciplinares (envolve segmentos, inicialmente da Filosofia, posteriormente, da Psicologia, Educação e recentemente da Neurociência, mas não desconsiderando ainda áreas da Antropologia e Sociologia).
    3.     Evolução conceitual do termo inteligência
        De acordo com MIRANDA (2002), “as raízes do estudo científico da inteligência humana podem ser datadas pelo interesse pelas manifestações extremas dessa qualidade do comportamento: a genialidade e a deficiência funcional” (p.19). Os gregos podem ser considerados os precursores do estudo da inteligência. GARDNER e col. (1998) explicam que, “Sócrates e outros filósofos gregos da antiguidade, deixaram para as gerações seguintes um legado de perguntas referentes à natureza da inteligência. Eles começaram a elaborar métodos de investigação” (p.45).
        Segundo esses mesmos autores, os filósofos gregos desenvolveram e discutiram diversas questões, como: hereditariedade da inteligência, a classificação de pessoas de acordo com o conhecimento que possuíam, o conceito de que o conhecimento poderia ter origem inata e o papel da percepção dos sentidos na inteligência.
        Avançando na história, no século XVII, alguns filósofos-cientistas voltaram a questionar as idéias de inteligência tratadas pelos estudiosos gregos. Segundo BRANDL (2005), nesse período dois filósofos se destacam: “Descartes acreditava que a mente (ou a alma) era um dom de Deus e imortal, sem atributos físicos (era imaterial), e, portanto, deveria ser separada e distinta do corpo” (p.2). – e o filósofo britânico e empiricista, John Locke que contestou as declarações de Descartes – Locke acreditava que o conhecimento não era inato, e sim, que a mente dos indivíduos era como “uma folha em branco”, onde, como GARDNER e col. (1998) comentam, os conhecimentos são adquiridos das experiências sensoriais com o meio, e da capacidade de refletir sobre as operações mentais.
        A abordagem de estudo que enfatizava a avaliação da inteligência por meio de testes foi denominada como Psicometria. Segundo ROAZZI e SOUZA (2002), a psicometria “presume que a inteligência é uma habilidade mental inata, fixa, abstrata e geral, cujo grau de intensidade pode ser medido através do desempenho em testes” (p.32). Complementando, esses mesmos autores explicam que, os testes elaborados para a mensuração da inteligência eram compostos por uma série ordenada de tarefas e problemas que as pessoas deveriam resolver.
        Entre os psicometristas, destacam-se os estudiosos: Paul Broca e Alfred Binet. BRANDL (2005) comenta que o método de investigação da inteligência desenvolvido por Broca, a craniometria, argumentava que o tamanho da cabeça identificava a quantidade de inteligência de um indivíduo.
        Um trecho do livro “A falsa medida do homem” de Stephen Jay Gould, foi citado por PRODÓCIMO (2007), pois mostra que essa teoria, propôs uma visão de inteligência preconceituosa. O trecho a seguir expõe esse pensamento de Paul Broca (1886): “O rosto prognático (sic) (projetado para frente) a cor de pele mais ou menos negra, o cabelo crespo e a inferioridade intelectual e social, estão frequentemente associados, enquanto a pele mais ou menos branca, cabelo liso e rosto ortognático (sic) (reto) constituem os atributos normais dos grupos mais elevados na escala humana (...) Um grupo de pele negra, cabelo crespo e rosto prognático (sic) jamais foi capaz de ascender a civilização” (p.1).
    Ana Carolina Oliveira
        Contudo, o psicometrista que teve os seus estudos mais difundidos foi o psicológo francês Alfred Binet. Binet iniciou suas pesquisas sobre a inteligência humana pela craniometria, porém, abandonou-a após questionar a sua validade (PRODÓCIMO, 2007). Esse psicólogo foi o precursor dos estudos que posteriormente deram origem aos testes de Quociente de Inteligência (QI). De acordo com BRANDL (2005), “Binet esperava que a mescla de vários testes relativos a diferentes habilidades permitiria a abstração de um valor numérico capaz expressar a potencialidade global de uma criança”. Esse autor esclarece que o termo QI só foi criado em 1912, pelo psicólogo alemão William Stern.
        Os testes passaram a ser utilizados como mensuradores de inteligência, fazendo com que, os indivíduos fossem classificados de acordo com o QI que apresentavam. Segundo BOHRING (citado por ROAZZI e SOUZA, 2002), “durante muitos anos os psicólogos aceitaram uma definição da inteligência segundo a qual inteligência é o que os testes de inteligência medem” (p.33). Os problemas apresentados nos testes de inteligência estão relacionados principalmente ao fato de que eles avaliam capacidades ditas acadêmicas, não levando em consideração a questão do meio onde as pessoas avaliadas estão inseridas.
        Embora os autores já citados tenham abordado o tema inteligência utilizando concepções da psicologia, GARDNER e col. (1998) alegam que, “a inteligência pode ser um construto psicológico, mas sua explicação requer que coloquemos os chapéus de outros tipos de investigadores e tentemos integrar suas variadas perspectivas” (p.147). Outro ponto observado é o de que, como BRANDL (2005) comenta, “é possível perceber uma tendência dicotômica que valoriza mais as funções cerebrais (mentais) do que as corporais, acreditando serem funções separadas no indivíduo” (p.9).
        O estudo da inteligência ainda atrai um grande número de estudiosos que, tendo por base as recentes descobertas científicas, almejam compreender na essência esse conceito, que permanece sem uma explicação definitiva. Um desses autores é Howard Gardner. De acordo com PRODÓCIMO (2007), “Gardner buscou respaldo para seus estudos tanto na psicologia, quanto na neurociência e criou uma série de critérios sob os quais diferentes habilidades deveriam ser analisadas para verificar se constituíam ou não uma inteligência” (p.2). Todas essas habilidades foram denominadas por Gardner como inteligência, no entanto, ele mesmo enfatizou que outro nome poderia ser dado, como competência, habilidade, ou mesmo talento, desde que o mesmo nome fosse concedido a todas elas (PRODÓCIMO, 2007).
    4.     A teoria das Inteligências Múltiplas
        Com a publicação do livro, Estruturas da Mente em 1983, o psicólogo americano, Howard Gardner, lançou a sua “Teoria das Inteligências Múltiplas”(IM), onde defende a idéia que o ser humano é dotado de diferentes inteligências (ANTUNES, 2003).
        De acordo com BRANDL (2005), o autor das IM inicialmente definiu a inteligência como “a capacidade para resolver problemas ou de elaborar produtos que sejam valorizados em um ou mais ambientes culturais ou comunitários”. Entretanto, duas décadas depois de publicar Estruturas da Mente, Gardner reformulou a definição de inteligência para “um potencial biopsicológico para processar informações que pode ser ativado para solucionar problemas ou criar produtos que sejam valorizados numa cultura” (p.16).
        ANDRADE e PRADO (2003) declaram que a neurociência cognitiva fornece informações importantes com relação ao avanço dos estudos da inteligência. Como afirma ANTUNES (2003) alguns estudos sugerem a presença de áreas no cérebro humano que estão relacionadas a determinados espaços de cognição, como se “um ponto no cérebro representasse um setor que abrigasse uma forma específica de competência e de processamento de informações” (p.25). Gardner sugeriu que o ser humano possui oito pontos distintos no cérebro que abrigariam diferentes inteligências. Essas inteligências que ele chamou de Inteligências Múltiplas.
        Segundo ARMSTRONG (2001) confirmado por ANTUNES (2003), Gardner utilizou alguns critérios de apoio que considerou essenciais para que um conjunto de competências pudesse ser considerado uma inteligência. São eles:
    • O potencial de isolamento por lesão cerebral;
    • A existência de idiot savants, prodígios e outros indivíduos excepcionais;
    • Uma história desenvolvimento distinta das inteligências;
    • Uma história evolutiva;
    • Apoio de achados psicométricos;
    • Apoio de tarefas psicológicas experimentais;
    • Uma operação ou um conjunto de operações centrais identificável;
    • A criação de um sistema simbólico específico.
    5.     As oito inteligências de Gardner
        ARMSTRONG (2001) comenta sobre uma observação de Gardner que, a maioria das pessoas utiliza expressões do tipo: “Ele não é muito inteligente, mas tem uma aptidão maravilhosa para música”, inferiorizando, assim, certas habilidades e valorizando outras. O próprio Gardner afirmou ter escolhido intencionalmente a palavra inteligência para entrar em controvérsia com a maioria dos psicólogos que “consideram o raciocínio lógico ou a competência lingüística como estando num plano diferente do da solução de problemas musicais ou da aptidão corporal - cinestésica” (GARDNER, 2000, p.37).
        Segue-se a descrição de cada uma das oito inteligências descritas por Gardner, segundo CAMPBELL e col. (2000) e ANTUNES (2003):
    • Inteligência lingüísticaconsiste na capacidade de pensar utilizando palavras, e de usar a linguagem com a finalidade de expressar e avaliar significados. Os indivíduos que exibem essa inteligência em graus elevados são os escritores, jornalistas e poetas.
    • Inteligência lógico – matemática: possibilita calcular, quantificar, considerar proposições, hipóteses e realizar operações matemáticas complexas. Os matemáticos, cientistas, engenheiros e programadores de computador são exemplos de pessoas que possuem essa inteligência mais destacada das outras pessoas.
    • Inteligência espacial: é a capacidade de pensar de maneira tridimensional, perceber com exatidão o mundo visuoespacial. Os indivíduos que tem essa inteligência mais desenvolvida conseguem perceber imagens externas e internas, mover-se e manipular objetos através do espaço, além de produzir ou decodificar informações gráficas. Os pilotos, navegadores, arquitetos e escultores são exemplos de pessoas que tem essa inteligência em evidencia.
    • Inteligência cinestésico – corporal: Atletas, dançarinos, cirurgiões, artesãos são os indivíduos que dominam essa inteligência. Caracteriza-se pela capacidade de utilizar e dominar o próprio corpo para se expressar e resolver problemas corporais.
    • Inteligência musical: É a capacidade de produzir, reproduzir, apreciar ritmo, tom e timbre. Compositores, maestros, instrumentistas demonstram essa inteligência numa forma apurada.
    • Inteligência interpessoal: Perceber, compreender as outras pessoas, sabendo identificar problemas, humores do outro, e por meio dessas informações, saber interagir positivamente com elas. Essa inteligência é evidente em professores bem – sucedidos, políticos, atores.
    • Inteligência intrapessoal: Essa inteligência está relacionada com a capacidade de auto -avaliação, auto – conhecimento, entendendo a si mesmo para assim, poder planejar e direcionar a própria vida. Alguns indivíduos com forte inteligência intrapessoal especializam-se como teólogos, psicólogos e filósofos.
    • Inteligência naturalista: Consiste em observar padrões na natureza, tendo capacidade de distinguir e classificar espécies de animais, plantas, eventos físicos - químicos da natureza (exemplo: clima, ventos, movimento das ondas, dentre outros.). Botânicos, ecologistas e paisagistas são alguns exemplos de pessoas que possuem essa inteligência mais destacada.
        Na visão de GARDNER (2000), as inteligências são independentes, no entanto, ele mesmo sugere que ao resolver problemas, dificilmente apenas uma inteligência é utilizada. ARMSTRONG (2001) salienta que para o autor da teoria das IM, “na vida não existe nenhuma inteligência isolada (exceto em casos muito raros, em savants e indivíduos com dano cerebral). As inteligências estão sempre interagindo umas com as outras” (p.22). Além disso, BALBINO (2001) comenta que: “todos possuem e têm condições de se desenvolver em todas as inteligências, determinando que este desenvolvimento esta marcado fortemente por meio da mobilização e estimulação promovidas pelo contexto de cultura em que o indivíduo está inserido. Se não existirem a estimulação e mobilização de determinada inteligência, o potencial fica estagnado” (p.83).
    6.     A teoria das IM e a Educação Física Escolar
        Como BARBIERI e col. (2008) salientam o autor da teoria “propõe que o ser humano possui multiplicidade de potenciais intelectuais” (p.120), acreditando que os indivíduos são dotados de oito inteligências onde, cada pessoa desenvolve diferentes características e é capaz de utilizar e combinar essas oito inteligências que possui de maneira própria (BARRETO, 2007). Assim, se as pessoas são diferentes em suas potencialidades, nas suas inteligências, a estimulação da aprendizagem também deveria ser diversificada (BARBIERI e col., 2008).
        ZYLBERBERG e NISTA-PICCOLO (2008) comentam que na área específica da Educação Física Escolar, os professores elaboram as suas propostas pedagógicas sem reconhecer as potencialidades de seus alunos, e assim, eles não conseguem perceber “quais são os caminhos que eles aprendem com mais facilidade, ou ainda, não sabem detectar quais as razões que impedem alguns alunos de aprender” (p.59). E como BARRETO (2007) afirma, muitas vezes devido ao professor não compreender os diferentes mecanismos utilizados pelo aluno para aprender ele acaba por rotulá-lo de incompetente.
        Segundo BARBIERI e col. (2008), o professor deve buscar trabalhar com seus alunos inúmeros assuntos, privilegiando uma grande diversidade de habilidades, proporcionando iguais oportunidades de aprendizagem a todos os alunos. Nesse ponto, a teoria das IM pode trazer grandes contribuições. De acordo com ARMSTRONG (2001), a teoria das IM traz preciosas contribuições para a educação, pois propõe que o professor enriqueça o seu repertório de técnicas, instrumentos e estratégias de ensino, indo além dos repertórios lingüísticos e lógicos que são habituais nas aulas. O ensino que ARMSTRONG (2001) chama de multimodal não é um conceito novo, como esse mesmo autor comenta, Platão já sugeria um ensino diversificado, quando afirmou que: “não usemos a coação, deixemos que a educação inicial seja uma espécie de divertimento; desta forma, será mais fácil descobrir a inclinação natural de cada um” (PLATÃO citado por ARMSTRONG, 2001, p.59).
        A teoria das IM sugere que o ensino deve ser centrado no indivíduo, buscando despertar as habilidades e potencialidades individuais dos alunos. GARDNER (2000) destaca que uma educação centrada no indivíduo pode parecer utópica, como alguns críticos desse tema simplesmente comentam que pode ser inviável, ser difícil de aplicabilidade, pode demandar um investimento, que segundo os mesmos, será alto. Porém, ao decidir “abraçar os objetivos e os métodos da educação centrada no indivíduo, não tenho nenhuma dúvida de que podemos fazer progressos significativos nessa direção” (GARDNER, 2000, p. 71).
    7.     O professor, as estratégias e a avaliação no ensino por meio das IM
        Para propor um ensino utilizando os conceitos da teoria das IM, é necessário compreender alguns pontos:
    • O professor de IM: ARMSTRONG (2001) explica que um professor que trabalha enfatizando as IM é bastante diferente de um professor tradicionalista. Enquanto o tradicionalista faz apresentações expositivas, escreve no quadro negro, explica a matéria e espera os alunos responderem a questionários sugeridos, o professor que se baseia nas IM, muda constantemente a forma de apresentação, de lingüística para espacial e para musical, e assim por diante. O mesmo autor salienta ainda, que até o ensino tradicionalista pode ser realizado de maneira a estimular as oito inteligências. Exemplificando: “a professora que fala com ênfase rítmica (musical), desenha no quadro para ilustrar pontos (espacial), faz gestos dramáticos enquanto fala (corporal – cinestésica), faz pausas para dar aos alunos tempo para refletir (intrapessoal), faz perguntas que convidam à interação animada (interpessoal) e inclui referencia à natureza em suas aulas (naturalista)” (p.61).
    • Estratégias (materiais e métodos) de ensino de IM: Os materiais podem ser os mais diversos. ARMSTRONG (2001) indica alguns de acordo com a inteligência: livros, atividades escritas, jogos de palavras(Inteligência Linguística); exercícios de resolução de problemas lógicos, enigmas, jogos lógicos (Inteligência Lógico – Matemática); labirintos, quebra – cabeças, pinturas (Inteligência Espacial); mímica, exercícios de consciência física, manipulativos (Inteligência Corporal – Cinestésica); apreciação musical, cantar, tocar instrumentos de percussão (Inteligência Musical); jogos cooperativos, jogos de tabuleiro, envolvimento na comunidade (Inteligência Interpessoal); manutenção de um diário, atividades de auto – estima, estudos independentes (Inteligência Intrapessoal); Instrumentos para estudar a natureza (binóculo, microscópio), plantas como acessórios, sair da sala de aula (passeios em aquários, museus, trilhas) (Inteligência Naturalista). Com relação aos métodos, as IM podem ser trabalhadas tanto em uma disciplina específica, quanto por meio da Interdisciplinaridade (várias disciplinas e diferentes professores). De acordo com BARBIERI e col. (2008), a Interdisciplinaridade propõe que as atividades escolares devam ser realizadas de maneira conjunta entre diferentes disciplinas, contudo, a especificidade de cada disciplina deve ser mantida. Os mesmos autores completam afirmando que, determinados conteúdos podem e devem ser trabalhados em disciplinas diferentes, para que assim, a aquisição de conhecimento seja de maneira mais ampla e aprofundada, oferecendo aos alunos subsídios para tratar um mesmo assunto das mais variadas formas, nos mais diversos contextos.
    • Avaliação: Segundo BRATIFISCHE (2003), “durante anos a avaliação destinou-se a selecionar e rotular alunos. Expunha, apontava sucessos e fracassos, causava danos irreparáveis à aprendizagem do aluno. A avaliação era feita somente no final de um período predeterminado pela instituição, comprometendo, assim, todo o processo de aprendizagem” (p.22). As abordagens atuais sugerem um trabalho mais abrangente, desenvolvendo tanto conteúdos relacionados ao enriquecimento do vocabulário motor do aluno (conhecimento do corpo, esportes, lutas, danças, e ginásticas), quanto conteúdos que abordam temas transversais, relacionados à cultura, ética, problemas ambientais, dentre outros (BRATIFISCHE, 2003). BARBIERI e col. (2008) afirmando que os professores devem buscar criar diferentes formas de avaliação, diversificar suas aulas, avaliar de forma continuada, considerando todo o contexto histórico e social do aluno e do grupo que ele está inserido, colocar a avaliação observatória como uma ferramenta de grande importância para o trabalho avaliativo, como sugerem as novas tendências, ele (professor) estará também trabalhando, avaliando e estimulando os alunos de acordo com a teoria das IM.
    8.     Os estímulos das IM nas aulas de Educação Física escolar
        FREIRE (2003) afirma que “o ser humano é uma entidade que não se basta por si. Parte do que ele precisa para viver não está nele, mas no mundo fora dele” (p.23). Para se desenvolver, as pessoas precisam de estímulos. Os estímulos são o “alimento” para as inteligências, e dentro da Educação Física escolar, o estímulo das diferentes inteligências pode ser feito por meio de atividades lúdicas como os jogos. De acordo com IAVORSKI e VENDITTI JUNIOR (2008), “a atividade lúdica é reconhecida como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades, além de trabalhar estas habilidades na criança, ajudará no desenvolvimento da criatividade, na inteligência verbal – lingüística, coordenação motora, dentre outras” (p.2).
        Jogando as crianças aprendem brincando, tem oportunidade de desenvolver diversas capacidades, desde que os jogos sejam elaborados com um fim, tendo objetivos claros, sendo utilizados como uma estratégia de ensino e não apenas para entreter os alunos, sem uma finalidade (IAVORSKI e VENDITTI JUNIOR, 2008).
        O quadro a seguir mostra algumas sugestões de atividades lúdicas/jogos que podem ser desenvolvidos nas aulas de Educação Física na escola para estimular as IM.

    Inteligências Múltiplas

    Jogos

    Lingüística

    JOGO: Corrida das Letras

    MATERIAL: Letras de papel

    PROCEDIMENTO: Cada aluno receberá uma letra desenhada em folhas de papel. Elas são organizadas de um lado da quadra, sendo que, deverão correr para o outro lado da quadra quando o professor falar a sua letra. VARIAÇÃO: Mantendo a mesma organização proposta a cima, contudo, o professor falará uma palavra ou frase, e os alunos deverão correr para o outro lado da quadra e construir a palavra ou frase que o professor solicitou. Estabelecer um tempo mínimo para a execução da atividade (no mínimo um minuto para cada palavra ou frase).

    Lógico – matemática

    JOGO: Pegar ou Escapar

    MATERIAL: Não necessita de materiais, apenas uma quadra com as demarcações, ou mesmo um espaço suficiente para o deslocamento de todos os alunos sem dificuldade.

    PROCEDIMENTO: Os alunos são divididos em dois grupos, onde cada grupo deverá ficar de um lado da quadra. Um grupo será OS NÙMEROS PARES e o outro OS NÙMEROS IMPARES. O professor falará um número, onde, caso seja ímpar, o grupo que corresponde aos números ímpares, deve ESCAPAR, e os que correspondem aos números pares, deve tentar PEGAR os colegas impares (e vice e versa). Quando um aluno é pego, ou escapa quando deveria pegar, passa para o outro grupo.

    Espacial

    JOGO: Circuito do Barbante

    MATERIAL: Barbante e locais para amarrar o barbante, em níveis diferentes.

    PROCEDIMENTO: O professor elaborará um circuito, no qual, as linhas de barbante delimitaram o espaço pelo qual os alunos deverão passar. Colocar as linhas de barbante em níveis diferentes, e os alunos deverão passar por cada barbante, ora por cima dele, ora por debaixo dele. RECOMENDAÇÃO: determinar um tempo para a execução da atividade.

    Corporal – cinestésica

    JOGO: Pega-Pega

    MATERIAL: Não necessita de materiais, apenas uma quadra, ou mesmo um espaço suficiente para o deslocamento de todos os alunos sem dificuldade.

    PROCEDIMENTO: Um aluno será o pegador e os outros deverão escapar desse pegador. Quem for pego, torna-se pegador também.

    Musical

    JOGO: Instrumentos musicais

    MATERIAL: Chocalho e pandeiro, ou quaisquer outros instrumentos musicais.

    PROCEDIMENTO: Os alunos deverão bater palmas no mesmo ritmo dos instrumentos tocados pelo professor. VARIAÇÃO: Variar os ritmos tocados (ora mais intenso ora menos intenso).

    Interpessoal

    JOGO: Coelhinho na toca

    MATERIAL: Arcos coloridos

    PROCEDIMENTO: Inicialmente cada aluno (coelhinho) possuirá uma toca (arco), ao sinal do professor, todos devem correr para uma linha determinada. Quando o professor fornecer outro comando, os alunos devem voltar para os arcos, contudo, os arcos serão retirados um a um, até restar apenas um arco, no qual, todas as crianças deverão dividi-lo juntas.

    Intrapessoal

    JOGO: Espelho

    MATERIAL: Som

    PROCEDIMENTO: Os alunos são divididos em duplas e devem dançar da forma que preferirem com a sua dupla. Quando a música parar, o professor solicitará que os alunos expressem algum sentimento (triste, feliz, zangado, animado, etc.)

    Naturalista

    JOGO: Caminhada diferente

    MATERIAL: Vendas para os olhos (tiras de tecido, faixas)

    PROCEDIMENTO: A atividade será uma caminhada ou pelo jardim da escola, ou pela praia, ou uma trilha, onde primeiramente os alunos observarão o ambiente, verificando características do mesmo. Posteriormente, eles serão vendados, e depois, o professor solicitará que eles tentem ouvir e discriminar o maior número de sons que conseguirem. Ao final da atividade, professor e alunos se reuniram e comentarão sobre as características visuais (cor, tamanho, solo, etc.) e sonoras (sons diferentes) do ambiente.
        Os jogos propostos, não são discriminados por faixa etária, porque como ANTUNES (2005) elucida, “todo jogo pode ser usado para muitas crianças, mas seu efeito sobre a inteligência será sempre pessoal e impossível de ser generalizado” (p.16). Isso é devido a diversidade cultural, aos estímulos ambientais que interferem na resposta de cada aluno ao estímulo que o professor proporciona. Cada educador conhece, ou deveria conhecer, o nível de seus alunos, cabendo aos mesmos então, proporcionar estímulos diversificados e significativos que influenciarão o desenvolvimento das capacidades e potencialidades de seus alunos.
    9.     Considerações finais
        Através desse estudo, foi possível constatar que, o conceito de inteligência ainda não apresenta uma definição conclusiva. Muitos autores procuraram simplificar a inteligência, resumindo-a um resultado obtido por meio de testes que avaliam apenas as capacidades lingüísticas e matemáticas. A teoria das Inteligências Múltiplas desenvolvida por Howard Gardner sugere que para compreender a inteligência, é necessário levar em consideração vários aspectos (cultura, potencialidades e dificuldades), e que deveriam ser realizados testes variados, de acordo com as características de cada indivíduo. Enfatizando que as pessoas são diferentes, contudo, ao invés de rejeitar e classificar essa questão, valorizar as diferenças individuais das pessoas.
        Na Educação Física escolar, essa teoria auxiliaria na questão de melhorar a avaliação dentro da escola, além de ser uma disciplina que tem o privilégio de trabalhar de modo mais livre (sem restringir os educandos a permanecerem sentados numa carteira dentro de uma sala), pode desenvolver atividades, jogos que estimulem as diferentes capacidades, inteligências de cada pessoa.
        Entender esses conceitos é importante não apenas para serem aplicados numa determina disciplina, mas devem ser um modelo adotado por toda uma escola (interdisciplinaridade). Proporcionar desde a infância, vivências significativas e estimulantes deve ser o lema da Educação.
    Referências bibliográficas

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    • ZYLBERBERG, T. P.; NISTA-PICCOLO, V. L. As contribuições dos estudos sobre inteligência humana para a pedagogia do esporte. Pensar a Prática. Local: n. 1, v. 11, p.59–68, 2008.

    fonte :http://www.efdeportes.com/efd152/inteligencias-multiplas-nas-aulas-de-educacao-fisica-escolar.htm

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