Filosofia da Educação - Prof. Mário Costa


Matéria Aula 29/10/2011 - Professor Mário

Vídeo Aula Filosofia da Educação





Livro como referencial do Professor Mário
  " O Corpo fala"

www.LivrosGratis.net :O Corpo Fala - Pierre Weil
Nome: O Corpo Fala - Pierre Weil
Nome Original:
Autor: Pierre Weil E Roland Tompakow
Gênero: Psicologia
Ano de Lançamento: 2001
Editora: Vozes
Sinopse: O livro tenta desvendar a comunicação não-verbal do corpo humano, primeiramente analisando os princípios subterrâneos que regem e conduzem o corpo. A partir desses princípios aparecem as expressões, gestos e atos corporais que, de modos característicos estilizados ou inovadores, expressam sentimentos, concepções, ou posicionamentos internos. Acompanham 314 ilustrações.


Link para Acesso ao Livro O corpo  fala em PDF


http://pcangelo.files.wordpress.com/2008/05/corpofl.pdf









Curso de Graduação em Pedagogia

Módulo: Filosofia da Educação
Prof. Mário Costa


Trabalhos a serem  Entregues em  12/11/2011  Período Letivo: 2º semestre/2011

Objetivos:

A Filosofia da Educação, inserida no contexto educacional, especificamente na formação de professores, tem a pretensão de discutir o entendimento de Filosofia e suas contribuições na melhor compreensão do fenômeno da Educação e da Pedagogia.

Os principais temas a serem abordados serão:

• Filosofia e Educação: onde se darão reflexões introdutórias;

• Educação e Sociedade: onde abordaremos os pressupostos filosóficos da Educação e as concepções contemporâneas de Educação;

• Os conceitos básicos da Filosofia da Educação: abordando os conceitos de Educação, Pedagogia e o que se entende por prática docente, sobretudo na formação do professor;

• O conceito antropológico de cultura: versando sobre os tipos de educação informal e não formal; a instituição escolar por uma leitura crítica sobre os excluídos da escola como as mulheres, os negros e os indígenas;

• As relações entre política e educação: procurando responder às questões de ordem interventiva no cenário político educativo;

• As principais teorias pedagógicas: permeando as teorias tradicionais até as mais contemporâneas, investigando como os conceitos são vistos até então, bem como sua aplicabilidade de modo variado nas diversas tendências.

Na imensidão do conhecimento filosófico e pedagógico, o módulo não pretende (e nem conseguiria) esgotar as possibilidades de conhecimento das áreas de estudo, o que exige dedicação e empenho na pesquisa complementar, de modo a compor o todo informativo pretendido.


Uma primeira provocação:

Divididos em grupos pequenos, com no máximo cinco pessoas, discutam a questão dada pelo Professor e, após a discussão, elaborem uma resposta que considere o pensamento do grupo, para que, após a redação, o texto seja apresentado à classe.

Objetivos da Dinâmica:

• Conhecer as diferentes situações que caracterizam o todo da vida humana: a realidade da educação, seus aspectos geográficos, políticos e econômicos, sociais e culturais;

• Oportunizar o desenvolvimento da escuta, fala e fusão das idéias divergentes e convergentes, produzindo um trabalho coletivo e favorecendo a comunicação entre os participantes do grupo.

Intenções:

Aprender a olhar a realidade na qual estamos inseridos, bem como as realidades exteriores, interpretando-as e tornando-as visíveis ao grupo de pertença.

Desenvolvimento:


1. Leitura em grupo da questão “provocativa” oferecida para discussão;

2. Organizar as falas individuais para que todos sejam ouçam e se façam ouvir;

3. Registrar as idéias individuais e, após tal registro, organizá-las de forma homogênea, refletindo agora um posicionamento do grupo, procurando contemplar todas as falas, sem fragmentação;

4. Apresentar o produto final à classe e ao Professor.

Encaminhamento:

O produto final das discussões permeará as discussões das aulas, sendo o ponto inicial das reflexões filosóficas sobre a Educação e modo que a mesma é enxergada no grupo de trabalho.


Grupo 01


Questão:

Como vocês avaliam semelhanças e diferenças entre:

Uma Escola Municipal;

Uma Escola Estadual;

Uma Escola Particular?



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Alunos(as):



Grupo 02


Questão:

Vocês conhecem a realidade estatística dos alunos que concluem o Ensino Médio e ingressam na Faculdade? Se sim, apresente-as com a discussão acerca da leitura que fazem de tais índices. Se não, apresente a idéia que vocês possuem sobre a situação apresentada, fazendo sua avaliação sobre os fatores determinantes de tal realidade.



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Alunos(as):


Grupo 03


Questão:

Independente das teorias educacionais e filosóficas vigentes ou não vigentes e, desconsiderando ainda projetos político-pedagógicos utópicos, para vocês, qual o REAL sentido da Educação?



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Alunos(as):


Grupo 04


Questão:

Numa avaliação abrangente (saindo do ambiente particular de atuação e/ou conhecimento) quais as principais falhas, problemas e desafios que vocês enxergam na Educação Brasileira?



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Alunos(as):



LEITURA DE DADOS

Partindo das reflexões coletadas pela dinâmica, consideremos fatores preponderantes que permeiam nossas avaliações:

• Nossa Cultura é nosso Universo, nosso Cosmo, portanto:

o É o modo como respondemos ao desafio da nossa existência;

o Possui características próprias e um entendimento próprio;

o O entendimento da cultura é propiciado e comunicado pela linguagem, que também é própria e intransferível;

o Nossa natureza humana proporciona uma linguagem simbólica, devido ao fato de sermos seres espirituais.

Entendendo tais vertentes da manifestação humana e, de modo mais significativo e relevante, entendendo “Quem é o ser humano cultural a quem ‘Educamos’”, nos tornamos mais eficazes em nossa ação pedagógica. Entretanto, não é o que presenciamos em nossas salas de aula!

Nossos constantes desvios no entendimento da nossa cultura, da cultura de nossos alunos, da dinâmica social do ambiente escolar onde estamos atuando e, sobremaneira, do conhecimento do SER HUMANO que somos, nos levam a procedimentos nada pedagógicos e, consequentemente, ao FRACASSO educacional.

Alunos não aprendem, professores se frustram, o sistema é acusado e a REAL causa não é apontada.

A Filosofia da Educação não tem a pretensão de ser a ‘Salvadora da Pátria’, mas almeja ser uma via de reflexão para tal campo de problema, buscando ser elemento elucidativo da constituição humana e, por uma maior compreensão acerca desse universo, contribuir na edificação de uma prática pedagógica mais humanista, igualitária e eficiente.


Unidade I



Cultura: O Cosmo Humano

Cultura é o conjunto de saberes coletivos, compartilhados pelos membros de uma sociedade. Diante dessa afirmação, podemos afirmar que há uma ‘cultura brasileira’? Em um país historicamente marcado pela miscigenação, como seria essa ‘cultura’? A diversidade de povos presentes na história do Brasil proporciona uma ‘democracia racial’?

Cada uma dessas perguntas nos remetem a uma reflexão sobre nossa Identidade Nacional!


Temas que serão abordados:

• Elementos da Cultura: saberes coletivos, normas, valores, linguagem.

• Colonização, miscigenação, imigração e racismo na sociedade brasileira;

• Aspectos da construção da Identidade Nacional.


O que é Cultura?
As normas e os valores




  • Cultura é um sistema integrado de comportamento. É tudo que é socialmente aprendido e partilhado pelos membros de uma sociedade, tendo por base comportamentos, ideias, normas e valores.
  • A criança que recebemos na escola recebe uma cultura como parte da sua herança social e, ao longo de sua vida, introduzirá mudanças que serão a herança das gerações futuras, o que faz com que o ambiente escolar e as relações que nele se travam sejam significativas.




Quando se fala de cultura de um povo, o que se entende por cultura?

Talvez uma resposta razoável para essa questão seja a seguinte:

A cultura de um povo é o conjunto de saberes coletivos desse povo.

E o que são saberes coletivos de um povo?

São os modos comuns de pensar, sentir e agir que seguem modelos para a vida em sociedade. Esses modelos, entretanto, são mutáveis (dinâmicos).

Valores morais ou códigos de conduta de uma sociedade são exemplos clássicos de saberes coletivos que permitem a convivência de indivíduos numa comunidade e, consequentemente a sobrevivencia desta.

Desta forma, NORMAS e VALORES se constituem saberes coletivos, e deles depende a sobrevivência e a qualidade de vida de seus indivíduos.


Cultura Brasileira
A cultura brasileira, portanto, é o conjunto de saberes coletivos dos brasileiros, mesmo diante das grandes diferenças culturais em nosso país.

Compartilhamos o idioma, música popular, esportes e, com a globalização, as informações e entretenimento disponibilizados nas vias públicas de informação (jornais, revistas, rádio, TV, internet...).

As diferenças existem e não devem ser descartadas, são elas que conferem identidade aos diferentes grupos, colocando identidade e cultura quase em pé de igualdade.

Há uma ligação muito forte entre Sociedade e Cultura e, por vezes, vemos e ouvimos a troca de expressões como ‘sociedade brasileira’ por ‘cultura brasileira’. Entretanto, quando falamos em cultura focamos a identidade coletiva, quando falamos em sociedade estamos focando as relações entre os grupos diferentes e seu modo de interação.

Um dado biológico do povo brasileiro: a grande maioria de nosso povo possui sangue indígena e mais da metade tem sangue negro.


Um dado antropológico (cultural): nossa colonização só se viabilizou devido à assimilação e adaptação aos saberes coletivos indígenas e africanos, que possibilitaram a sobrevivência ao mundo tropical, avesso aos costumes europeus.



O que nasceu primeiro: a cultura ou a sociedade?

A cultura como herança social pode se dividir em:

1. cultura material (artefatos que as pessoas elaboram);

2. cultura imaterial (língua de um povo, seus valores morais, suas expressões artísticas).

Cultura Brasileira

A base da cultura de nosso país, conforme conhecemos em nossa história, foi formada pela mestiçagem entre índios, africanos e portugueses, com uma discreta participação francesa e holandesa.

Os dois primeiros séculos da formação do Brasil foram determinantes para a formação de nossa sociedade que, a partir daí, a cada estrangeiro recebido, reforçava sua característica miscigenada.

Trata-se, portanto, não só da mistura de três etnias (raças), mas de três culturas distintas.

Se levarmos em consideração a participação escrava de negros e índios no processo de colonização, devemos nos atentar à força e resistência da cultura desses povos, que preservaram seus códigos e valores, estranhos aos valores portugueses.



Figura 1:  Cachoeira Iauaretê: referêncial para os povos indígenas que habitam a região banhada pelos rios Uaupés e Papuri, reunidos em dez comunidades, multiculturais na maioria, compostas pelas etnias de filiação lingüística Tukano Oriental, Aruaque e Maku.




Figura 2: A Roda é um elemento estruturante da capoeira - espaço e tempo onde se expressam, simultaneamente, o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os  símbolos e os rituais dessa herança africana, recriados no Brasil.


Originada de três culturas distintas, havia uma semelhança entre tais etnias, que apesar de curiosa, hoje nos permite entender de outra formas os rumos que o Brasil tomou de sua colonização até os dias atuais.

A semelhança curiosa que unia índios, africanos e portugueses era o privilégio ao tempo presente, sem pensamento muito elaborado para o tempo futuro.

O povo indígena: vivia em aldeias saudáveis, ambiente farto, dominado por eles. Com sobrevivência garantida pela natureza, não fazia sentido preocupar-se com o amanhã.

O povo africano: trazido à força, pensava em sobreviver até o dia seguinte. O futuro era a triste perspectiva de viver no trabalho escravo, sem família e sem vida própria, portanto, deveria ser eliminado.

O povo português: movidos pela ‘febre do ouro’, vieram aventurar-se no Brasil. Ao descobrirem as grandes minas de Vila Rica, tinham pressa em aproveitar a ‘terra sem lei’. Supõe-se a estadia portuguesa no Brasil numa perspectiva de curto prazo: gozar o dia de hoje numa terra sem pecado e sonhar a sorte do amanhã.

Hoje, marca da cultura brasileira, a perspectiva do curto prazo tornou-se marca importante na formação da cultura brasileira.

Entretanto, com a imigração de povos com diferentes perfis culturais para o Brasil no século XIX, houve uma mudança significativa nesse cenário. Alemães, italianos, judeus, árabes e japoneses humildes se instalaram em regiões brasileiras, determinados a construírem um mundo mais próprios para si mesmos e suas famílias. Para eles a perspectiva de longo prazo era essencial, e sua estratégia era construir o futuro em nome do qual abandonaram sua pátria. Enfrentaram um mundo estranho e hostil, mas seu sucesso e traço cultural influenciaram no padrão cultural brasileiro.

Atividade


Unidade I

Leia o poema abaixo e responda às questões:







MIGNA TERRA (1915)

Migna terra tê parmeras,

Che ganta inzima o sabiá.

As aves che stó aqui,

Tambê tuttos sabi gorgeá.

A abobora celestia tambê,

Che tê lá na mia terra,

Tê moltos millió di strella

Che non tê na Ingraterra.

Os rios lá sô maise grandi

Dus rios di tuttas naçó;

I os matto si perde di vista,

Nu meio da imensidó.

Na migna terra tê parmeras

Dove ganta a galigna dangola;

Na migna terra tê o Vap'relli,

Chi só anda di gartolla.

1) Identifique a língua na qual o poema foi escrito. Pode-se dizer que o autor utilizou corretamente as normas de um idioma? Justifique sua resposta.

2) Ao ler pela primeira vez o título do poema, que nacionalidade você atribuiria ao seu autor? Isso se confirma?

3) Que ‘terra’ o autor exalta no poema? Elenque algumas características dessa ‘terra’ presentes no texto.

4) Com base nas suas respostas das questões 2 e 3, pode-se dizer que o país de origem do autor é o mesmo que ele exalta no poema? Por quê?

5) Partindo do conceito de cultura estudado nesta unidade, pode-se afirmar que o autor do poema compartilha saberes coletivos com algum povo? Justifique sua resposta.

6) Lendo a frase: “A linguagem está tão intimamente vinculada à cultura que cada novo acréscimo à herança cultural de um grupo social envolve mudanças e acréscimos na sua linguagem”, re-avalie o poema, redigindo um pequeno texto.

Respostas da Atividade



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Alunos(as):


Unidade II



Consciência Crítica e Filosofia: A dialética do Eu e do Mundo


O que é uma consciência crítica?

Em que consiste a atividade da Filosofia?

Qual a relação da Filosofia com a Educação, com a Pedagogia?

Em que a Filosofia se aproxima de nossas experiências cotidianas?

Questões como essas serão abordadas nessa unidade, cujo objetivo central é apontar a distinção entre Filosofia e outras formas de conhecimento, delineando o contexto histórico que possibilitou seu surgimento na Grécia Antiga.

Temas que serão abordados:

• As origens da Filosofia: onde conheceremos a idéia mítica e o pensamento racional;

• Os períodos da Filosofia Grega: tratados de modo breve, para conhecimento descritivo;

• A teoria platônica das formas ou das idéias;

• A autonomia: característica conferida ao ser humano pela prática filosófica.


O que é Filosofia?



Considerando a disciplina deste módulo Filosofia da Educação e, considerando ainda que, em módulos anteriores o conceito de Educação já foi abordado e esclarecido, é relevante abordar e esclarecer o que o termo Filosofia significa, sobretudo aplicado à prática pedagógica, à Educação.

Antes, entretanto, de prosseguirmos essa investigação, faz-se necessário nos reportarmos ao processo histórico de formação do pensamento filosófico e, para isso, é necessário que nos voltemos à Grécia Antiga, por volta dos séculos VII, VI a.C..

O Mito de Prometeu:


Segundo Hesíodo, foi dada a Prometeu e seu irmão Epimeteu a tarefa de criar os homens e todos os animais. Epimeteu encarregou-se da obra e Prometeu encarregou-se de supervisioná-la. Na obra, Epimeteu atribuiu a cada animal os dons variados de coragem, força, rapidez, sagacidade; asas a um, garras outro, uma carapaça protegendo um terceiro, etc. Porém, quando chegou a vez do homem, formou-o do barro. Mas como Epimeteu gastara todos os recursos nos outros animais, recorreu a seu irmão Prometeu. Este então roubou o fogo dos deuses e o deu aos homens. Isto assegurou a superioridade dos homens sobre os outros animais. Todavia o fogo era exclusivo dos deuses. Como castigo a Prometeu, Zeus ordenou a Hefesto que o acorrentasse no cume do monte Cáucaso, onde todos os dias um corvo dilacerava seu fígado que, todos os dias, regenerava-se. Esse castigo devia durar 30.000 anos.




Lembrada historicamente pela sua característica cultural e seus desenvolvimento, a Grécia Antiga se destaca como “Berço das Civilizações” e “Pólo Cultural” de sua época. Destarte, mesmo com tanto desenvolvimento e cultura, o povo grego explicava as questões humanas através dos Mitos. Tais explicações eram sagradas, pois diziam respeito aos deuses, a quem, pela sua força, não se permitia questionar.

Quando a força dos deuses se enfraqueceu, ou seja, quando a racionalidade humana começa a ganhar ascensão, o mito se enfraquece, dando lugar à razão, sendo agora necessário a busca de provas que validassem a explicação dos deuses.

“O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador. A Filosofia, ao contrário, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, lógica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filósofo, mas da razão, que é a mesma em todos os seres humanos.”

CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

A palavra Filosofia é grega e significa “amor à sabedoria” (philos=amigo + Sophia=sabedoria). Ponto de partida para o que se chama ‘pensamento ocidental’, tem como princípio, segundo o pensamento dos antigos, na Admiração, palavra de origem grega que pode traduzir-se espanto, assombro, encanto ou maravilhamento.

A Atitude Filosófica, portanto, nasce do espanto ou admiração do homem diante das coisas. Platão afirmou ser essa a emoção própria do filósofo e o Princípio da Filosofia.

Para entender o que é Filosofia é importante conhecer a atividade dos filósofos, sendo mais fácil dar início pela exclusão do que a Filosofia não é...

A Filosofia não é:

Uma visão de Mundo;

Um conjunto de verdades;

Um conjunto de idéias sobre as coisas;

Uma Ideologia;

Uma verdade de fé (religião);

A coletânea de valores que guiam nossa vida (“filosofia de vida”).


IDEOLOGIA:



Em sentido amplo, é um conjunto de valores, princípios e ideias que orientam uma forma de ação ou uma prática política. Em sentido mais específico, por influência de Karl Marx (filósofo alemão do ´seculo XIX), designa uma visão de mundo que se supõe universal, mas que pertence à classe dominante.



A Filosofia É:

Um conhecimento crítico que toma distância do Senso Comum, da nossa experiência cotidiana e das opiniões. A característica do filósofo é a dúvida, reformulada por Sócrates na máxima: “Só sei que nada sei”.

Ao distinguir o que a Filosofia É, fica fácil saber a atividade dos filósofos, pois é impossível separar um do outro.

A Filosofia é, portanto, a fonte das idéias que dão origem a novas idéias, seja no campo político, ético ou científico, criando as matrizes do nosso modo de pensar. Daí sua íntima ligação com a Pedagogia!

Tarefa perpétua da Filosofia é pensar sobre si mesma, sobre o que é o conhecimento, a verdade e a linguagem, sempre buscando novos conhecimentos, provenientes de conceitos originais e fundamentais.

Para que o conhecimento filosófico tenha caráter de VALIDADE e VERDADE, ele precisa ser IMPARCIAL, o que o distingue dos outros modos de conhecimento, interpretação e interação com a realidade, como a Religião e a Arte.

A Filosofia distingue-se pela forma racional de conhecer o mundo e as realidades que nos cercam, expondo seus fundamentos à discussão pública, aspirando a UNIVERSALIDADE de idéias, diferentemente das crenças, dogmas e opiniões.

As Atitudes Filosóficas são atitudes de questionamento diante do mundo, buscando o conhecimento fundado na razão, podendo ser compartilhado com todos.

A História da Filosofia no Brasil



No Brasil o registro de questionamentos filosóficos remonta à chegada dos portugueses, uma vez que os habitantes do Brasil, os indígenas, explicavam seu mundo por meio de mitos, sem terem desenvolvido explicações racionais sobre sua origem e vida em sociedade.

Como também os portugueses iniciaram o processo de colonização fortemente influenciados por explicações míticas, não havia preocupação com a busca de respostas para os problemas coloniais, fundamentados em critérios racionais.

SENSO COMUM:



Na Filosofia, o Senso Comum (ou conhecimento vulgar) é a primeira suposta compreensão do mundo resultante da herança fecunda de um grupo social e das experiências atuais que continuam sendo efetuadas. O senso comum descreve as crenças e proposições que aparecem como normal, sem depender de uma investigação detalhada para alcançar verdades mais profundas como as científicas.




O início do ensino dos conceitos filosóficos no Brasil teve início com a educação jesuítica, mas sua característica era o distanciamento da Filosofia em relação à realidade brasileira. Em Portugal, a educação jesuítica seguia a tradição aristotélica, que havia tomado forma desde a fundação da Universidade de Coimbra, mas no Brasil, a Ratio Studiorum imperou do século XVI ao século XVIII.

A Filosofia jesuítica adotada na colônia estava apoiada numa crença que o ser humano adquire consciência de si pela conversão religiosa, o que fundamentada a importância da ação missionária naquela época.

Vale ressaltar aqui a presença de pensadores que buscaram ultrapassar os limites da fé e dos dogmas religiosos por meio da razão. O Padre Antônio Vieira é o principal nome desta ‘resistência’. Mesmo sem abandonar os pressupostos filosóficos da escolástica (doutrina de origem medieval que procurava conciliar os ensinamentos cristãos com a Filosofia greco-romana), foi perseguido pela inquisição, acusado de cometer crime contra excessiva liberdade de pensamento, valorização da experiência em detrimento da fé, defesa ao culto livre, entre outros.


Atividade


Unidade II

História do Futuro, V. 1*


Padre Antônio Vieira

*Obra publicada após a morte do Padre Vieira, em 1735, pelo Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Declara-se a primeira parte do titulo desta História, e quão própria é da curiosidade humana a sua matéria.

Nenhuma cousa se pode prometer à natureza humana mais conforme ao seu maior apetite, nem mais superior a toda a sua capacidade, que a notícia dos tempos e sucessos futuros; e isto é o que oferece a Portugal, à Europa e ao Mundo esta nova e nunca vista história. As outras histórias contam as cousas passadas, esta promete dizer as que estão por vir; as outras trazem à memória aqueles sucessos públicos que viu o Mundo; esta intenta manifestar ao Mundo aqueles segredos ocultos e escuríssimos que não chega a penetrar o entendimento. Levanta-se este assunto sobre toda a esfera da capacidade humana, porque Deus, que é a fonte de toda a sabedoria, posto que repartiu os tesouros dela tão liberalmente com os homens, e muito mais com o primeiro, sempre reservou para si a ciência dos futuros, como regalia própria da divindade. Como Deus por natureza seja eterno, é excelência gloriosa, não tanto de sua sabedoria, quanto de sua eternidade, que todos os futuros lhe sejam presentes; o homem, filho do tempo, reparte com o mesmo a sua ciência ou a sua ignorância; do presente sabe pouco, do passado menos e do futuro nada.

A ciência dos futuros — disse Platão — é a que distingue os deuses dos homens, e daqui lhes veio sem dúvida aquele antiquíssimo apetite de serem como deuses. Aos primeiros homens, a quem Deus tinha infundido todas as ciências, nenhuma lhes faltava senão a dos futuros, e esta lhes prometeu o Demônio com a divindade, quando lhes disse: Eritis sicut Dii, scientes bonum et malum. Mas ainda que experimentaram o engano, não perderam o apetite. Esta foi a herança que nos ficou do Paraíso, este o fruto daquela árvore fatal, bem vedado e mal apetecido, mas por isso mais apetecido, porque vedado.[...]

A este fim excogitaram tantos gêneros de sortilégios, como se na contingência da sorte se houvesse de achar a certeza; a este fim observaram os sonhos como se soubesse mais um homem dormindo do que sabia acordado; a este sentido consultavam as entranhas palpitantes dos animais, como se um bruto morto pudesse ensinar a tantos homens vivos. Com o mesmo apetite pediam respostas às fontes, aos rios, aos bosques e às penhas; com o mesmo inquiriam os cantos e vôos das aves, os mugidos dos animais, as folhas e movimentos das árvores, com o mesmo interpretavam os números, os nomes e as letras, os dias e os fumos, as sombras e as cores e não havia cousa tão baixa e tão miúda por onde os homens não imaginassem que podiam alcançar aquele segredo que Deus não quis que eles soubessem. [...]

Finalmente, a investigação deste tão apetecido segredo foi o estudo e disputa dos maiores e mais sinalados filósofos, de Sócrates, de Pitágoras, de Platão, de Aristóteles e do eloqüente Túlio, nos livros mais sublimes e doutos de todas suas obras. Esta era a teologia famosa dos Caldeus; este o grande mistério dos Egípcios; esta em Roma a religião dos áugures; esta em Judeia a seita dos Pitões e Aríolos; esta em Pérsia a ciência e profissão dos Magos; esta enfim do Céu até o Inferno, o maior desvelo dos sábios e maior ânsia e tropeço dos ignorantes; uns injuriando o Céu, e dando trato às estrelas para que digam o que não podem; outros inquietando o Inferno (como dizia Samuel), e tentando os mesmos demônios, para que revelem o que não sabem. Tanto foi em todas as idades do Mundo, e tanto é hoje, na curiosidade humana, o apetite de conhecer o futuro![...]

Para satisfazer, pois, à maior ânsia deste apetite e para correr a cortina aos maiores e mais ocultos segredos deste mistério, pomos hoje no teatro do Mundo esta nossa História, por isso chamada do Futuro. Não escrevemos com Beroso as antigüidades dos Assírios, nem com Xenofonte a dos Persas, nem com Heródoto as dos Egípcios, nem com Josofo a dos Hebreus, nem com Cúrcio a dos Macedônios, nem com Tucídides a dos Gregos, nem com Lívio a dos Romanos, nem com os escritores portugueses as nossas; mas escrevemos sem autor o que nenhum deles escreveu nem pôde escrever. Eles escreveram histórias do passado para os futuros, nós escrevamos a do futuro para os presentes. Impossível pintura parece antes dos originais retratar as cópias, mas isto é o que fará o pincel da nossa História.[...]



Após a leitura do texto do Padre Antônio Vieira e, considerando as discussões das Unidades I e II desse Módulo, responda às questões abaixo:

1) Como é o projeto de História proposto por Padre Antônio Vieira? No que ele se diferencia da História Tradicional?

2) De acordo com Padre Antônio Vieira, quando resgata o pensamento platônico, qual a diferença básica ente o homem e Deus? Justifique sua resposta.

3) Que tentativas os homens realizaram ao longo do século para buscar prever o futuro, na visão do Padre Vieira? Explique.

4) Na frase: “Eles escreveram histórias do passado para os futuros, nós escrevemos a do futuro para os presentes”, qual foi, em sua leitura, o entendimento do Padre Antônio Vieira?

5) Como metodologia de estudo da História tradicional, a proposta do Padre Vieira é aceitável? Por quê?

6) Como exercício filosófico esse texto deve ser considerado e valorizado? Justifique.

Respostas da Atividade



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Aluno(a): RA:

Unidade III


Teoria do Conhecimento: investigando o saber




Nesta Unidade vamos tratar algumas das questões centrais da Filosofia:

O que é conhecer?

Como o conhecimento é possível?

O que garante que um conhecimento seja verdadeiro?

É possível distinguir o sujeito do objeto do conhecimento?

Vamos pensar nesta Unidade como o próprio pensamento torna-se objeto da Filosofia e como a razão deixa de se submeter a qualquer autoridade.

Temas que serão abordados:

• O racionalismo clássico;

• O cogito cartesiano;

• Consciência e Subjetividade.

O que é conhecer?



A possibilidade do conhecimento sempre foi uma incógnita, não só para a Epistemologia, mas para a ciência e para a Ética.

Como podemos conhecer?

Qual a relação entre consciência e realidade?

Quais os fundamentos do conhecimento?

“Tudo o que vemos esconde uma outra coisa, queremos sempre ver o que se esconde por trás daquilo que vemos.”

René Magritte


Uma das respostas mais radicais para essas questões foi formulada pelo filósofo francês René Descartes, que precisou enfrentar o prestígio aristotélico junto à Igreja na Idade Média. A Filosofia Moderna inaugurou um novo modo de conceber e compreender o conhecimento.

O século XVII viu nascer o método experimental e a possibilidade de explicação mecânica e matemática do Universo, que deu origem a todas as ciências modernas.

EPISTEMOLOGIA



Conhecida como ’Teoria do Conhecimento’, ou ‘Gnoseologia’, indica o modo de tratar um problema que nasce de um pressuposto filosófico específico, no âmbito de determinada corrente filosófica. Essa corrente é o idealismo, e o problema que constitui tema específico da teoria do conhecimento é o da realidade das coisas, ou em geral do ‘mundo externo’.


ABAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2007.


Identificam-se duas correntes ora complementares, ora antagônicas:

1. O Empirismo: que afirma a possibilidade de conhecimento por meio da experiência sensível. As coisas precisam passar pelos sentidos antes de chegarem ao intelecto, e a experiência é o critério último de verdade;

2. O Racionalismo: que sustenta que há um tipo de conhecimento que emana diretamente da razão. No racionalismo as intuições são fonte de outros conhecimentos que podem ser deduzidos dela, havendo casos em que o conhecimento transcende a sensação.

RACIONALISMO


É uma corrente de pensamento que considera a razão fonte de todo o conhecimento. O racionalismo considera que a realidade é racional, portanto a razão é capaz de conhecer a verdade das coisas. O filósofo francês do século XVII René Descartes foi um dos maiores expoentes do racionalismo.


Como forma de conhecer, o racionalismo é metódico e ligado à lógica e à Matemática.


O racionalismo opõe-se ao empirismo. Se o empirismo toma a experiência e a percepção como base do conhecimento, o racionalismo considera o intelecto humano ponto de partida de todo conhecimento.


O elemento comum entre tais teorias é a preocupação com o entendimento humano, ou seja, o conhecimento é seu objeto de estudo, e o sujeito cognoscente é seu próprio objeto de estudo.

A expressão ‘Penso, logo existo’ é uma das mais conhecidas de toda a história da Filosofia, e sintetiza a revolução que a descoberta do sujeito do conhecimento trouxe, não só para a Filosofia, mas para a Humanidade.

O que René Descartes fez foi provar que existe diferença entre aquilo que pensa (o sujeito) e aquilo que é pensado (o objeto), demonstrando a autonomia do pensamento, criou um novo alicerce para a Filosofia. O pensamento determinado a se conhecer, debruça-se sobre si mesmo.

Esse período ficou conhecido como Racionalismo Clássico, característico pela reflexão sobre o conhecimento, a natureza, a política e a moral. Os saberes não eram separados e autônomos como são hoje, devendo o mundo moderno a esse período boa parte dos conceitos e ferramentas que utiliza pra pensar o mundo. Destacaram-se nomes como o de Francis Bacon, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, Baruch Espinosa, Gottfried Leibniz, Jhon Locke e David Hume.

Pela primeira vez na história a Razão deixou de submeter-se a qualquer autoridade externa, a qualquer dogma religioso ou qualquer injunção política. Só a própria razão pode julgar a si mesma. A consciência se torna, ela própria, objeto do conhecimento.

A descoberta desse “Eu que pensa” é a base do edifício cartesiano. Descartes argumenta primeiramente que a percepção (o conhecimento que temos por meio dos órgãos dos sentidos) é falha. Quando penso que algo é real, posso estar sonhando, tendo visões, ardendo em febre ou mergulhado na loucura.

Por tal pensamento Descartes criou a imagem de um gênio maligno que está sempre disposto a nos enganar. Somente sobre uma coisa não seríamos enganados: sobre nossa capacidade de pensar. Mesmo que nos enganemos sobre o que pensamos, não podemos negar que estamos pensando, ou seja, “Penso, logo existo”, afirmando que é o pensamento que me permite apropriar-me de minha existência.

O conhecimento fundamentado no Método Cartesiano deve rejeitar tudo aquilo que possa ser posto em dúvida. A dúvida é necessária para o alcance da verdade, pois, por meio dela (dúvida) se descobre a maior das verdades, a própria existência.


As possibilidades da Consciência

A atitude filosófica é a capacidade de fazer perguntas, de buscar os fundamentos, de indagar como é possível conhecer as coisas. Os filósofos propõem formas de conhecer as coisas e lidar com os problemas, por isso dificilmente a Filosofia dá respostas fechadas.

No século XVIII o filósofo alemão Immanuel Kant propôs a existência de uma consciência como um complexo de funções lógicas comuns a todas as consciências empíricas.

Consciência Autoconsciência




Em Filosofia, esses dois termos têm um significado técnico mais complexo que no seu uso comum.


A autoconsciência, de fato, é algo mais profundo do que estar simplesmente cônscio de si mesmo, pois existe uma grande diferença entre estar cônscio de si e estar cônscio da existência dos objetos do mundo.


Pensar alguma coisa, ter consciência dela, pressupõe implicitamente a consciência de existir como autoconsciência, como sujeito dotado da ciência de si mesmo.

NICOLA, Ubaldo. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à idade moderna. São Paulo: Globo, 2005.



Entretanto, o surgimento da Psicanálise e as descobertas de Sigmund Freud mostraram que a consciência não abarca toda a realidade. O conceito de inconsciente tira a soberania da consciência.

Desta forma, os processos psíquicos passam a ser inconscientes, sendo apenas uma parte da vida psíquica consciente. Com Carl Jung, o conceito de inconsciente coletivo afirma a existência de conteúdos preexistentes em relação à consciência, impessoais e comuns a todos os seres humanos.

A questão da consciência, derivada do cogito cartesiano recebe formulações diversas entre os filósofos contemporâneos:

Edmund Husserl: a consciência se identifica com a experiência vivida, além de investigar a experimentação da consciência pelo homem;

Karl Jaspers: a subjetividade é condição de todos os objetos possíveis.

Assim, torna-se importante refletir sobre as relações entre um EU e um OUTRO. O Eu deixa de ser autônomo como concebido na tradição cartesiana, e passa a incluir a experiência do Outro, dentro de sua própria existência.


Os resquícios filosóficos na formalidade educacional

Ao encerrarmos nossa Unidade III e, com ela, o Módulo “Filosofia da Educação”, o que nos resta avaliar é a influência que a Educação Brasileira e, de certa forma, alguns outros países no mundo, sofreram de todo esse processo de construção do conhecimento e suas formas de entendimento, de modo especial, o Racionalismo.

Ainda hoje vemos a defesa das disciplinas exatas, em detrimento das humanas, sobretudo disciplinas periféricas, mas tão importantes quantos as matrizes de base mas que, por não comporem os valores de fundamentação capitalista (da aprovação no vestibular, do concurso público, etc) acabam sendo desconsideradas em nossas escolas e, mais tristemente, pelos próprios professores em suas salas de aula, conselhos de classe e até em conversas informais entre seus pares.

‘Filosofar’ a Educação seria questionar tal cenário, mas provocar uma ação que reverta tal situação, renovando a prática pedagógica brasileira.

Atividade


Unidade III


“Vida de David Galé”



Direção de Alan Parker (Estados Unidos, 2003)

Sinopse: professor de Filosofia de uma Universidade do Texas, ativista contra a pena de morte, ironicamente se encontra no corredor da morte, acusado de ter estuprado e matado cruelmente uma colega professora, que sofria de leucemia.

Quatro dias antes de sua execução, chama uma repórter de televisão para contar sua história e pedir-lhe que descubra a verdade a fim de ter seu nome reabilitado perante o filho. O filme é sobre o paulatino desenrolar da história e a busca pela verdade. O final é surpreendente.

Após assistir ao filme, responda ao que se pede:

1. Qual a proposta do diretor? (que tipo de atmosfera ele cria; que aspectos enfatiza; possui caráter de denúncia; qual é o enredo; a proposta de reflexão; possui humor?)

2. Síntese do Conteúdo (o que as imagens, a música, os diálogos e a expressão dos atores como um todo sugerem; que cenas podem ser apontadas como evidência disso?)

3. Avalie a qualidade do filme (é um bom filme? Que elementos justificariam essa avaliação?)

Respostas da Atividade



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Aluno(a): RA:





PROF. MÁRIO COSTA



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